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sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011

A CORDA

     Escolhas...

A corda está lá. Entre uma montanha e outra.
No meio, o abismo.
Está estendida com displicência, meio frouxa.
Bamba mesmo.
Sopra um vento leve que faz com que a corda balance suavemente. Pra lá, pra cá... balé de corda displicente.
Entre uma montanha e outra. Com um abismo no meio.
Às vezes é preciso subir até o cume da montanha pra que a vida seja observada com amplidão. Do ponto mais alto se observa o todo. É lá o lugar das escolhas. As verdadeiras escolhas, quero dizer. Pode-se optar pela corda que balança, pode-se optar pela contemplação do infinito, se tornando um mero espectador da vida, pode-se voltar à origem, ou então, pode-se simplesmente abrir os braços, avaliar tudo que pesava na mochila durante a escalada e se desfazer do peso.
Em muitos momentos largar ao relento o que pesa é a opção mais fácil. Mas os atrativos das facilidades são tão voláteis, que em pouco tempo se percebe o mal feito.
A corda ainda continua balançando, esperando ser desafiada.
Não é a sensação de incerteza que mais incomoda. Nem a insegurança de pisar na corda bamba. Muito menos o desconhecido que espera pacientemente pelos que se aventuram na travessia sobre o abismo.
Talvez seja a falta de torcida...
Aquela torcida inflamada que sacode pompons e te encoraja a dar o primeiro passo. Ou ainda, talvez seja a falta de ter alguém que esteja lá do outro lado esperando por sua chegada com os braços estendidos prontos pro abraço apertado e confortador. Abraço sincero, sorriso nos lábios e só uma frase a ser dita: - eu acreditei em você.

Me convenci de que todo desafio vale a pena.


Todo esforço também vale.


(desconheço a autoria)








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